Resumo Este ensaio discute as imagens do Brasil que Alexandra Lucas Coelho nos oferece em Vai, Brasil (2013), Deus-dará (2016) e A nossa alegria chegou (2018), mostrando de que maneira se relacionam com as imagens do Brasil disponibilizadas por Mário de Andrade e por Machado de Assis. Propondo que, a esse respeito, Vai, Brasil está mais próximo de Machado de Assis e Deus-dará e A nossa alegria chegou estão mais próximos de Mário de Andrade, argumentarei que esse posicionamento, talvez de modo paradoxal, levou a que Lucas Coelho, em prol de uma descrição transatlântica e pós-colonial das interações luso-afro-brasileiras, nos ofereça uma versão menos ecológica do Brasil.
Abstract This essay debates the images of Brazil provided by Alexandra Lucas Coelho in her novels, Vai, Brasil (2013), Deus-dará (2016) and A nossa alegria chegou (2018), by showing how they relate to the images of Brazil in the works of Mário de Andrade and Machado de Assis. In this sense, I depart from the suggestion that Vai, Brasil is more closely related to Machado de Assis, while Deus-dará and A nossa alegria chegou to Mário de Andrade, to argue that this shift, maybe paradoxically, led Lucas Coelho to develop a transatlantic and postcolonial description of Luso-Afro-Brazilian interactions at the expense of a version of Brazil that appears to be less ecological.